quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Mulher no volante...é ótimo! (2)


Um tempo atrás, escrevi uma matéria sobre o avanço das mulheres no automobilismo (link aqui). Este ano tem sido de boas notícias neste sentido. e foi divulgada hoje na Inglaterra mais uma iniciativa para tentar aumentar o número de mulheres pilotas no automobilismo: A W Series.

A categoria, que contará com 18 participantes, será inicialmente disputada inicialmente na Europa a partir do próximo ano, em corridas de 30 minutos, com o objetivo de preparar mulheres para chegar aos altos níveis de competição automobilística, principalmente a Fórmula 1.

A categoria contará com chassis Tatuus F-3 de acordo com a últimas especificações da FIA e motores de 270 cavalos. Além disso, tem o apoio de gente importante como David Coulthard e Adrian Newey. Um grupo avaliará as candidatas que farão parte nesta primeira temporada e as escolhidas não terão que desembolsar nada para participar. E a vencedora receberá um prêmio de 500 mil dólares para prosseguir na carreira (a categoria vai distribuir um total de 1,5 milhão de dólares).

No lançamento, Coulthard declarou que “esta categoria nasceu da certeza de que homens e mulheres podem competir um contra o outro igualmente se dadas as mesmas oportunidades”. O piloto ainda vê que as pilotas alcançam um “teto” na GP3/F-3 na curva de aprendizado mais por falta de dinheiro do que de talento.

É uma ação que suscita discussões. Em tese, sou favorável que homens e mulheres corram juntos, até mesmo por uma questão de desenvolvimento. Muita gente boa por aí vê que a mulher não teria condições de chegar a uma Fórmula 1, por exemplo (quem não se lembra das declarações de Carmen Jordá?). Mas se o sistema está errado, por que não tentar muda-lo?

Querendo ou não, o machismo é muito arraigado no automobilismo. Aos poucos, vemos as mulheres se estabelecendo no automobilismo, mas ainda na parte técnica. As figuras de Danica Patrick, Simona de Silvestro e Bia Figueiredo vão dando folego para que outras venham assumir o volante. E este é um os objetivos desta categoria, de acordo com Caterine Bond Muir, CEO da W Series.

Não está muito claro em que lugar da “escada” do automobilismo esta categoria estará posicionada, embora baseada na F-3 e até com mais potência do que esta. Alguns poderão dizer que “se mulher correr entre si, não vai desenvolver da maneira que tem de ser”. Pode ser que esta iniciativa dure 2,3 anos e não dê em nada. Mas é preciso tentar alguma coisa. E que a categoria possa sim incentivar a vinda de novas entrantes de modo que não seja mais necessária e a presença de pilotas seja cada vez mais constante.

Para saber mais, acesse wseries.com

Vem correr, mulherada!!!!

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