A Williams Martini Racing é uma das mais tradicionais equipes de Fórmula 1, pois disputa o campeonato há quarenta anos, desde 1978. Já contou com pilotos do calibre de Alain Prost, Nigel Mansell, Nelson Piquet e Ayrton Senna, e já teve "o carro do outro planeta', o FW14B, da temporada de 1992, que para muitos é o melhor carro de todos os tempos.
Infelizmente, parece mesmo que a equipe chegou ao fim dos tempos de glórias de outrora!
Desde o fim da parceira com a BMW, ocorrida no final de 2005, o time vinha de anos muitos fracos, tendo conquistado apenas um pódio em 2007, dois em 2008 e uma vitória em 2012, até que com a mudança do regulamento implementada em 2014, deu um salto de qualidade, muito, diga-se de passagem, pelo uso do motor Mercedes, e ficou no terceiro lugar do mundial de construtores, daí se pensou: A velha Williams está de volta! Contudo, em 2016 e 2017 a equipe deixou a peteca cair, terminando no quinto lugar do mundial, sendo que no último ano até esta posição foi ameaçada.
O ano de 2018 se iniciou, e para esta temporada a equipe de Grove, Inglaterra, entendeu por contratar o piloto russo Sergey Sirotkin, que apesar do esforço em dizerem o contrário na sua apresentação, apesar de um ou outro bom resultado nas categorias inferiores, nada mais é do que um piloto pagante.
"Mas o que há demais nisso?" Podem dizer alguns!
Outros devem pensar: "Até aí, tudo normal, pois outras equipes fazem o mesmo!"
A própria Williams já teve outros pilotos pagantes, como Jean-Louis Schlesser, Kazuki Nakajima e Pastor Maldonado, só que nesse momento o time já havia gasto a sua quota de piloto pagante com o canadense Lance Stroll, é verdade que ele até surpreendeu e teve bons resultados, mas ainda deve ser considerado como pagante, o que é de fato!
Com nove campeonatos de construtores 1980/81, 1986/87, 1992/93/94, 1996/97, sete títulos de pilotos, 1980, 1982, 1987, 1992/93, 1996/97, e 114 vitórias, e mesmo estando a vinte temporadas sem levantar um campeonato, a equipe só tem seus números superados pela Ferrari e pela McLaren, portanto, com a aposentadoria de Felipe Massa, a Williams tinha obrigação de procurar um piloto de bom nível para o lugar do brasileiro, e não se socorrer com outro piloto pagante.
E olha que haviam opções, como Felipe Nasr, Pascal Wehrlein, Daniil Kvyat, e até a apostar no retorno do polonês Robert Kubica, mas nos parece que o dinheiro falou mais alto.
Agindo desta forma a Williams está deixando órfãos seus fãs, abdicando totalmente da luta por vitórias e títulos, e se apequenando cada vez mais, o que periga ser um triste fim para a tradicionalíssima equipe inglesa, que pelo jeito caminha a passos largos para a mesma trilha já percorrida por outras equipes tradicionais, como Brabham, Tyrrel e Lotus.
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