domingo, 5 de novembro de 2017

A segunda morte de Felipe Massa

O futebolista Paulo Roberto Falcão declarou uma vez que o jogador de futebol morre duas vezes. A primeira é quando para de jogar. E hoje podemos dizer, de certa forma, que Felipe Massa está tendo a sua segunda morte. Após uma inesperada segunda chance este ano, Felipe vinha aguardando uma posição da Williams sobre uma possível renovação para 2018. E aparentemente ela veio (ou não?), levando o piloto brasileiro a anunciar, no último sábado em seu perfil no Instagram, uma nova aposentadoria da Fórmula 1 em pouco mais de um ano.

Curiosamente, nos últimos tempos Massa vinha se comportando como Barrichello, mostrando uma suspeita dificuldade de desapego, coisa que o próprio acabou por rechaçar na época. Massa mostrava que tinha a vontade de prosseguir, embora seus resultados não mostrassem a consistência necessária para justificar uma possível permanência. Mas a pressão sobre o time de Grove é forte vinda da Mercedes para emplacar um piloto seu e Massa acabou por ser coerente com o que falou anteriormente, decidindo se retirar de uma forma digna.

Após uma carreira de 15 anos, Felipe Massa tem muito do que se orgulhar. Após uma carreira bastante consistente nas fórmulas menores no Brasil e na Itália, conseguiu entrar no radar da Ferrari e uniu seu destino à equipe. Graças aos italianos, fez sua estreia na Sauber em 2002, mostrando potencial mas também uma fogosidade extrema. Tanto que ficou como piloto de testes da equipe de Maranello por um ano, voltando para a equipe helvética em 2004.

Em 2006, é promovido para a Ferrari e fez boas corridas, inclusive vencendo o GP do Brasil daquele ano. E seu auge foi em 2008, quando disputou até o fim com Lewis Hamilton o título, inclusive sendo campeão por alguns segundos. Até então, Felipe Massa talvez tenha conseguido marcar o seu lugar como um potencial piloto do grupo da frente da Fórmula 1.

Após o acidente, uma nova fase:

Entretanto, após o seu acidente na Hungria em 2009 (coincidentemente provocado pela mola saída do carro de Rubens Barrichello), Massa não foi mais o mesmo. Podem ter colaborado a má fase da Ferrari e as mudanças técnicas que não casavam com o seu estilo. Mas o fato é que a partir de então, o brasileiro não conseguiu mais ser um dos protagonistas. Talvez esta posição tenha ficado mais forte após no “Fernando is faster than you” (Fernando é mais rápido do que você) na Alemanha em 2011.

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A ida para a Williams em 2014 se mostrou interessante inicialmente, pois a equipe fez um bom carro e aproveitou a potencialidade do motor Mercedes. Massa foi valorizado na parte técnica e mostrou que tinha condições ainda de fazer boas apresentações, inclusive fazendo pole (Áustria) e conseguindo podiuns. Mas a Williams não conseguiu manter o bom nível e teve que lançar mão em 2016 dos dólares do jovem Lance Stroll, que vinha de uma boa campanha na F3 europeia e alegadamente comprou cerca de 30% da equipe. Na escolha, a equipe abriu mão dos serviços do brasileiro e manteve Valtteri Bottas. Isso levou Massa a anunciar sua aposentadoria e receber todas as homenagens no GP do Brasil.

Mas não contavam com a despedida de Nico Rosberg após ganhar o campeonato daquele ano. Com isso, Bottas foi para a Mercedes e a Williams se viu apertada a chamar Massa de volta para comandar a equipe e servir de 'tutor' para o jovem canadense Stroll. E assim vem o fazendo, sofrendo com a falta de desenvolvimento do FW40 e mostrando os macetes da categoria, tal qual fez um tal de Michael Schumacher anos atrás com ele.

Quem me conhece sabe que nunca considerei Felipe Massa um dos grandes. Mas não fazia parte do grande grupo dos haters que habitam as redes sociais. O brasileiro tem qualidades e não é qualquer um que se mantêm na Fórmula 1 por tanto tempo e com alto contexto no meio. A Williams abriu mão da experiência em prol de aspectos financeiros e a aposta é de risco. Cabe agora torcer para que ele se reinvente e faça um novo caminho. Será que irá para a Formula E? WEC? Stock Car? Voltará para a organização de categorias, tal qual tentou com a F-Futuro e foi torpedeado? Todo caso, fica aqui o obrigado ao piloto e que o que fez não será esquecido. E que as novas páginas sejam tão marcantes quanto as escritas anteriormente.

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sábado, 4 de novembro de 2017

Os números de Felipe Massa na Fórmula 1.



Felipe Massa e seu "Déjà Vu"!

Felipe Massa surgiu na Fórmula 1 em 2002, pela Sauber, como um novato rápido, porém ainda precisando apurar a sua técnica. Teve seu auge na temporada de 2008, quando disputou o título do campeonato mundial até que seu adversário passa-se pela linha de chegada, de fato, poderíamos até dizer que o brasileiro foi campeão por alguns segundos, mas como já dizia o sábio: “A corrida só acaba quando termina”, e nesse famoso confronto, Lewis Hamilton levou a melhor. 

Massa fez sua estreia em Melbourne, classificando-se dentro dos dez melhores, mas colidiu na primeira volta. Já na corrida seguinte marcou seu primeiro ponto na categoria, com o sexto lugar na Malásia. Marcou mais três pontos naquela temporada, ganhando reputação por ser rápido, porém cometer muitos erros. No final do ano, foi rebaixado para pilotos de testes e de fornecedores de motores da equipe, a Ferrari, permanecendo assim na temporada de 2003.

Em 2004 Felipe regressou à Sauber marcando 12 pontos nessa temporada o que lhe colocou na 12º posição do campeonato de pilotos, apenas um lugar atrás de seu colega de equipe, Fisichella, além de ter conseguido um quarto lugar no GP da Bélgica, o seu melhor resultado.

Em 2005 teve Jacques Villeneuve como seu companheiro de equipe, de quem conseguiu ficar na frente ao final da temporada, com 11 pontos no total, incluindo os últimos pontos da equipe com Peter Sauber como equipe totalmente independente, antes da transferência para o comando da BMW, e como recompensa ele recebeu o carro com o qual disputou o GP da China, última da temporada.

Na temporada de 2006 Massa substituiu Barrichello na Ferrari, que foi para a Honda, e já nessa temporada conseguiu bons resultados, com pódios, poles e até vitórias, inclusive uma GP Brasil, ao final, terminou na terceira colocação do mundial de pilotos.

Em 2007 Massa dividiu o box com Kimi Raikkonen, que substituiu o então aposentado, heptacampeão Michael Schumacher. Nessa temporada não havia primeiro piloto, ambos tinham chance de disputar o título, no entanto, o finlandês foi mais regular, chegando a 74 pontos após o GP da Hungria, do qual Felipe saiu com 69 pontos, momento no qual a equipe havia decido que seria o corte para o favorecimento de alguém, o que já acabou por ocorrer na corrida seguinte, GP da Bélgica, vencido por Kimi, com Massa em segundo.

Podemos também dizer que o bizarro acidente sofrido em 2009 mudou a trajetória do piloto, no qual uma mola saída do carro de Rubens Barrichello atingiu sua cabeça, danificando muito o capacete e lhe ferindo na testa, deixando-o inconsciente, e colocando sua carreira e até a sua vida em perigo.

Retornando ao grid em 2010, encontrou novo companheiro de equipe, o bicampeão Fernando Alonso, contra quem nunca foi páreo, digamos a verdade, e foram quatro anos em que viu a Ferrari dar todas as atenções ao espanhol.

Para a disputa da temporada de 2014 Felipe assinou para contrato com a Williams, que receberia o motor Mercedes, e foi uma mudança acertada, pelo o menos nessa temporada, pois a equipe britânica terminou a mesma na frente da Ferrari no mundial de construtores, em parte, diga-se a verdade, em razão das excelentes performances de seu companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, que somou 186 pontos no campeonato, ficando em quarto no mundial de pilotos, já Massa ficou em sétimo, com 134 pontos.

Em 2015 Massa ficou mais próximo de seu companheiro na classificação final da temporada, 121 pontos, contra 136 do finlandês, respectivamente 6º e 5º, mas a Williams já não repetia a mesma performance do ano anterior, o que acabou por piorar nas temporadas de 2016, na qual o brasileiro realmente foi ofuscado por Bottas, e atualmente na de 2017, na qual já está atrás do novato Stroll na classificação geral.

Portanto, realmente parece-nos que é chegada a hora de mudar de ares, buscando sucesso em outra categoria, quem sabe a Fórmula-e. 

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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Os 33 campeões da Fórmula 1.

O vice-campeonato ainda está em disputa com o atual terceiro colocado, podendo haver alteração.

Lewis Hamilton é o campeão da Fórmula 1.

Com o nono lugar obtido no eletrizante GP disputado no Circuito Hermanos Rodríguez, localizado na Cidade do México, Lewis Hamilton se sagrou o campeão da temporada de 2017 da Fórmula 1, pois com os 333 pontos somados até aqui, o piloto da Mercedes não pode ser mais alcançada por nenhuma adversário, mesmo restando ainda duas provas à disputar.

A corrida foi emocionante do início ao fim, a começar pela primeira fila do grid de largada, composta por Sebastian Vettel, pole, e Max Verstappen, que já trazia grande chance de emoção, e assim foi. O holandês disputou cada centímetro de pista com o ferrarista, fazendo tentativas de ultrapassagens nas duas curvas inciais, chegando a haver um toque entre eles, levando a melhor o piloto da Red Bull.

Lewis, que largava em terceiro, se aproveitou dessa disputa e efetuou uma bela manobra de ultrapassagem sobre Vettel, contudo, a parte esquerda da asa dianteira da Ferrari tocou a roda traseira direita da Mercedes, causando o furo do pneu de Hamilton e a quebra da peça do carro de Sebastian. Com isso, ambos os pilotos foram obrigados a fazer uma parada nos box, logo no final da primeira volta, caindo o ferrarista para antepenúltimo e Lewis para último.

Ambos optaram por voltar com pneus macios, de faixa amarela, contudo a Ferrari se adaptou melhor a este composto e Vettel escalou todo o pelotão, mas parou na quarta posição, o que não lhe era suficiente para continuar na luta pelo quinto título. Lewis conseguiu apenas alcançar o nono lugar, contudo, nem isso era necessário, pois seu rival tinha que chegar, no mínimo, na segunda posição.

Lewis Hamilton agora se juntou ao próprio Sebastian Vettel e a Alain Prost, na galeria dos pilotos quatro vezes campeões mundiais de Fórmula 1.

Resultado da corrida:

Classificação:

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