Este acabou sendo o
assunto do dia nos meios automobilísticos nacionais e transbordou até
para o jornalismo de assunto geral. A briga sem noção entre Tuka
Rocha e Rodrigo Dantas no final das 500 Milhas da Granja Viana acabou
eclipsando todo o bom trabalho da organização e todo o clima
montado pela presença de grandes nomes do automobilismo brasileiro.
Lendo e vendo tudo que
foi escrito e dito, agora é hora de juntar os cacos. Afinal de
contas, em tempos em que o esporte a motor tupiniquim vem sofrendo
pancadas seguidas e esta corrida era uma gra de chance de mostrar
algo bacana, com transmissão do principal canal esportivo do país,
que vem mostrando nos últimos tempos uma disposição para dar
espaço ao esporte.
Além disso, é preciso
fazer o trabalho de rescaldo e “contenção” de danos. Não
adianta ver a coisa como “exótica” ou “na NASCAR teve e tem
coisa até pior”. Fica na berlinda um trabalho feito junto a
patrocinadores (correntes e pessoais) e a imagem do esporte.
Desavenças no automobilismo não são incomuns. Mas da maneira que
foi, deve ser tratado com a devida importância.
E deve se ter a cabeça
fria. Até o momento, a ponta do iceberg é o piloto Rodrigo Dantas.
Sua postura foi algo que não dá pra se definir em um único
adjetivo e dever se punida. Mas em todo o contexto, ele acaba por ser
a ponta mais fraca e a que vem levando mais pancada. Merece, mas até
certo ponto.
Para ajudar, pode-se usar
uma ferramenta de gestão chamada “Análise da Causa Raiz”, onde
pega-se o problema e se analisa todos os aspectos, de modo a concluir
qual foi a origem do problema e o que deve ser feito para
solucioná-lo. E aplicando este método, mesmo sem estar lá, nota-se
que houve uma série de erros e/ou omissões que acabaram por chegar
ao UFC no meio da pista no sábado a noite.
O importante é resolver
o problema e não se promover uma fácil e simplória caça às
bruxas, com o remédio matando o paciente. Caso contrário, será
mais um tijolo na sequencia de ópera bufa, aumentando mais ainda o
estrago. Que pode impactar não só na vida desportiva, mas também
em aspectos profissionais e pessoais dos envolvidos.
Como organizador de grupo
de kart, kartista e amante do automobilismo, gostaria de “desver”
isso. Mas temos que encarar a realidade. Pegar esta oportunidade
para que todos aqueles que gostam do automobilismo não fujam de suas
responsabilidades, transformando este momento de vergonha em redenção.
E voltarmos a ter alguma relevância neste país. O momento é agora.
Excelente reflexão, lúcida e com foco na resolução do problema, parabéns e obrigado!
ResponderExcluirObrigado pelo retorno!
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