quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A (des)informaçao no automobilismo


O foco aqui é automobilismo. Mas pode se aplicar a uma série de outras coisas e áreas. É um desabafo e desde já peço desculpas.
Quase um ano atrás, escrevi sobre a via crucis do amante brasileiro de automobilismo em se informar. Falei exatamente da existência de poucos veículos de qualidade em português para que se tenha dados de forma confiável. Em suma: fazer um jornalismo de qualidade.
Ainda neste texto, falei que neste sentido, vários sites feitos pelos abnegados, fora dos “grandes veículos”, fazem um trabalho sincero e ótimo neste sentido. Categorias como a NASCAR, WEC, F-E e a Indy tem locais de informação que não deixam nada a dever. Mesmo com traduções, não se perdem e mantém o verdadeiro sentido da matéria. Claro que também nos “principais” tem gente de qualidade que vale a pena ser lida, vista e ouvida.
O que me espanta neste sentido são os “falsos profetas”. Sempre prezei pela qualidade e me lembro de algo dito recentemente pelo amigo Ialdo Belo (que milita há vários anos no campo): busque sempre o máximo de informação. Esteja certo do que você vai escrever pois vão te questionar. Se tiver algo errado, por mínimo que seja, vão te jogar pedra. (Em tempo: se você estiver lendo isso Ialdo, saiba que a lição está tentando ser aplicada. O respeito e o carinho continuam).
Da mesma forma que temos sites “sérios” que lançam notícias a esmo e colecionam um festival de “barrigas” (termo jornalístico para as notícias que não se concretizam), existem vários “amadores” que se arvoram como “analistas”, copiam daqui e dali e jogam tudo no Google Translator (como vários veículos “sérios”), gerando verdadeiros “Franksteins”.
Por um lado, acho bacana a questão de querer disponibilizar a informação para quem quer ler em português e acha que não tem condição de acessar os sites “gringos”. Mas o preocupante é a falta de cuidado.
Não digo que sou melhor do que ninguém ou me arvorar a ditar regras. Erro e muito. Mas quando você vê pessoas que se consideram “referência” misturar segundos com décimos, quilowatts com cavalos, copiar literalmente coisas dos outros sem o devido crédito ou escrever coisas sem sentido, dá tristeza. O pior é muita gente entrar nesta “canoa furada” e achar que está se informando bem. E transmite para outro e aí o estrago já foi feito.
Isso que entristece. É a forma sendo colocada acima do conteúdo.
Talvez o errado seja eu. Talvez o certo seja mesmo seguir estes “especialistas”, fazer de qualquer jeito e preocupar em fazer um fazer um esquema legal de SEO para ficar bem nos buscadores e aumentar a audiência de qualquer jeito. Aí dá pra monetizar numa boa.
Mas da mesma forma, sei que os fãs de automobilismo são criteriosos (eu incluso) e tratarão de fazer a seleção natural, tanto dos medalhões como dos “amadores” (estou neste grupo). O pedido que fica para todos é: Q U A L I D A D E. Não parem, prossigam. Mas sempre se preocupando com o que é passado ao outro. Hoje, é muito fácil publicar alguma coisa e correr mais rápido do que rastilho de pólvora.

OBS: Estes que coloquei as fotos sao alguns daqueles que reputo como referências historicas e atuais.

6 comentários:

  1. Sergio, entendo sua preocupação e vejo que realmente vivemos um problema quanto à informação. Da minha parte, te convido a conhecer o site que acabei de colocar no ar, o Racemotor, fruto de 20 anos cobrindo competições aqui e lá fora mas, principalmente, da paixão pelo esporte. Com erros sim, mas humildade para aprender e crescer.
    Abraço

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    1. Fala chefe! Obrigado pela visita e sou um visitante do racemotor. Abraço!

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  2. Concordo, penso que para escrever sobre qualquer esporte de modo assertivo e com opiniões corretas é preciso estar participando ativamente desse esporte , estando presente dentro dos acontecimentos, o que não é possível para a maioria dos “especialistas “ o que se vê é cópia da cópia da cópia, aí os que escrevem sem ter essa condição ficam no campo das opiniões, e é opiniões.

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  3. Concordo, penso que para escrever sobre qualquer esporte de modo assertivo e com opiniões corretas é preciso estar participando ativamente desse esporte , estando presente dentro dos acontecimentos, o que não é possível para a maioria dos “especialistas “ o que se vê é cópia da cópia da cópia, aí os que escrevem sem ter essa condição ficam no campo das opiniões, e é opiniões.

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  4. Perfeito! O verdadeiro jornalista dá a notícia e não "é" a notícia. O que vejo é o ego falando mais alto, gente querendo ser famosa a qualquer custo esquecendo do essencial.
    Valeu, Milaninho!

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