quinta-feira, 23 de agosto de 2018

CAMINHO DA (FORCE) INDIA

Esteban Ocon - GP da França (fonte:divulgação)
O caso da venda da Force India está digno de um filme de Bollywood, só faltando os números musicais (não duvido que apareçam!).  Após toda a celeuma do processo (abordada por mim anteriormente aqui - http://www.90goals.com.br/namaste-force-india), a confusão ainda não acabou...
Pensava-se que com a definição dos compradores, liderados por Lawrence Stroll, a novela teria um final feliz. A discussão passou a ser não se, mas quando Lance Stroll pilotaria para equipe, qual seria o novo nome (que teria a aprovação das demais equipes), quem dirigiria (Sergio Perez, peça-chave no processo, era um dos nomes certos, pois seu contrato prevê renovação automática) e se acabaria sendo um “apêndice” da Mercedes. Mas não é tão simples assim...
Na semana deste GP da Bélgica, muitos movimentos aconteceram: Em uma jogada singela, mas que não passou desapercebida, o “Sahara” foi retirado das redes sociais. E ao chegar no paddock, os adesivos dos patrocinadores foram recolhidos dos motorhomes. Aí começou a aparecer os detalhes...
Na quarta-feira, a imprensa começou a divulgar que a Force India poderia não correr na Bélgica. Motivo: a aquisição da empresa não havia sido concluída. Na verdade, o consórcio escolhido pelo administrador judicial havia comprado os ativos da equipe. Mas o direito de correr ainda estava sob os cuidados de outra empresa. Aí se fez a grande confusão.
Aprofundando mais: algumas fontes dizem que os vários bancos indianos credores de Vijay Mallya estão dificultando a conclusão do negócio, pois este era praticamente um dos últimos ativos de valor que o empresário ainda possuía. Sem contar o lado da Sahara, cujo dono, Roy Subhata, encontra-se preso.
A Liberty Media, dona da F1, começou uma verdadeira operação de guerra para viabilizar a participação da equipe na pista, já que os contratos exigem um mínimo de 20 carros em corrida. A versão mais corrente no paddock seria que a Force India seria considerada um novo time, inclusive mudando de nome já agora neste fim de semana, e perderia os pontos conquistados até aqui.
Não bastando isso, diz-se que uma verdadeira dança das cadeiras teria lugar na próxima semana: Stroll já iria para a “sua” equipe, Kubica assumiria na Williams e Ocon, protegido da Mercedes, iria terminar a temporada na Mclaren, podendo inclusive ser oficializado como piloto da equipe em 2019 (uma das versões no paddock dão conta de que ele estava acertado com a Renault).
A equação vai sendo cada vez mais complicada. Muitos médicos querem salvar o paciente e a dosagem dos remédios e o tratamento podem matar. Aparentemente, a Force India ou que nome lá tenha a equipe, será salva. Mas as sequelas se farão sentir por mais tempo.

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