Muitos de nós não éramos sequer nascidos
em 1982, ano em que um piloto conseguiu a proeza de se sagrar campeão mundial de
Fórmula 1 com apenas uma vitória na temporada. Tal feito histórico foi
alcançado por Rosberg, não o alemão Nico, mais conhecidos dos novinhos, mas sim
seu pai, Keijo Erik, ou simplesmente Keke, o primeiro finlandês campeão
da maior categoria do automobilismo mundial.
Curiosamente, apesar de ter corrido sob a bandeira da Finlândia, Keke Rosberg é natural de Solna, Condado de Estocolmo, na Suécia, algo similar ao que ocorre nos dias atuais com Romain Grosjean, que corre defendendo as cores francesas, mas é suíço de nascimento.
Após ter disputado as temporadas de 1980/81 pela equipe brasileira Fittipaldi, pela qual obteve um pódio, em 1982 Rosberg se transferiu para equipe Williams, campeã de pilotos e construtores em 1980 e vice-campeã de pilotos e campeã de construtores em 1981, portanto, eram grandes as suas chances de sucesso.
Naquela temporada a regra de pontos da categoria distribuía 9 pontos para o vencedor, 6 pontos para o segundo colocado, já o 3º lugar recebia 4 pontos, o 4º lugar 3 pontos, o 5º lugar 2 pontos, e o 6° colocado ganhava 1 ponto.
Keke conseguiu a quinta posição na prova de abertura, África do Sul, somando então 02 pontos, foi desqualificado no GP Brasil, e não participou do GP de Ímola, a famosa prova do boicote das equipes, que merece um artigo só para ela, foi segundo em Long Beach e na Bélgica, chegando então à 14 pontos.
Em Detroit alcançou o quarto lugar, chegou em terceiro na Holanda e na Alemanha, em quinto na França, e mais um segundo lugar na Áustria, somando até aqui 33 pontos.
E a sonhada primeira vitória da carreira veio em 29 de agosto daquele ano, na 14ª etapa, GP da Suíça, disputado no histórico circuito de Dijon-Prenois, subindo ao pódio com Alain Prost em segundo e Niki Lauda em terceiro, e com isso, mais nove pontos para o finlandês.
Com o acidente sofrido por Pironi nos treinos para GP da Alemanha, seu adversário mais direto na luta pelo título, Rosberg teve a vida muito facilitada, e nem mesmo o oitavo lugar no GP da Itália foi capaz de lhe prejudicar, pois os dois pontos do quinto lugar no GP de Las Vegas, última etapa do campeonato, foram suficientes para lhe garantir o campeonato.
Ao final da temporada Keke Rosberg somou 44 pontos e levantou a taça de campeão, deixando no segundo lugar o francês da Ferrari, Didier Pironi, e em terceiro o britânico John Watson, da McLaren, ambos com 39 pontos, já a quarta posição coube ao professor Alain Prost, da Renault, com 34 pontos somados, e o então bicampeão Niki Lauda ficou em quinto com sua McLaren, alcançando 30 pontos no seu retorno à categoria.
Rosberg ainda conseguiu mais quatro vitórias na categoria, uma em 1983, outra em 84, e duas em 1985, todas pela Williams, mudou-se para McLaren em 1986, substituindo Lauda, tendo um segundo lugar, único pódio nesta equipe, como melhor resultado, e assim, nunca mais conseguiu entrar de fato na briga pelo título.
Devemos registrar que ser campeão com uma só vitoria na temporada não é um feito exclusivo de Keke Rosberg, pois Mike Hawthorn, com sua Ferrari, foi campeão da temporada de 1958 da mesma forma.
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