quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O quarto elemento do quarteto fantástico da Fórmula 1.

Não é segredo para ninguém que a década de 1980 é tida, por grande parte dos fãs do automobilismo, como a grande década da Fórmula 1, pois no transcorrer da mesma tivemos pilotos incríveis, duelando curva a curva, e disputando as vitórias nos mais variados circuitos mundo a fora. 

Dentre esses, merecem destaque os campeões Alain Prost, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Nigel Mansell, Nick Lauda e Keke Rosberg, além de termos tido ainda, antes da chegada do Senna, pilotos como Gilles Villeneuve e Alan Jones, ou seja, foram vários pilotos de inegável talento que passaram pela categoria na mesma época.


Dos grandes pilotos acima mencionados, podemos dizer que quatro gozam de um prestígio maior com os fãs da Fórmula 1,  o francês Alain Prost, os brasileiros Nelson Piquet e Ayrton Senna, e o inglês Nigel Mansell.



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É justamente sobre aquele que alcançou menos títulos dentre os quatro que vamos falar nesse post, o "Leão", que apesar de só ter ganho o título de 1992, deixou sua marca na Fórmula 1.

Nigel Mansell começou na categoria como piloto de testes da Lotus, em 1980, mas em razão da velocidade que demonstrava nos testes, conseguiu disputar dois GP´s naquele ano, Áustria e Holanda, além de não ter conseguido se classificar para o GP da Itália.


No ano seguinte, 1981, tornou-se titular da tradicional equipe britânica, substituindo ninguém menos do que o campeão de 1978, o estadunidense Mario Andretti, que se transferiu para Alfa Romeo. No final da temporada terminou na 14ª colocação do campeonato, com 08 pontos, ficando arás de seu companheiro de equipe, Elio de Angelis, que somou 14 pontos, e conquistou o oitavo posto na tabela de classificação.



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O Leão permaneceu na equipe Lotus até 1984, sempre ao lado do italiano De Angelis, tendo conseguido seu primeiro pódio no GP do Brasil de 1982, o segundo no GP da Europa de 1983, e mais dois no ano de 1984, ano em que também conseguiu a sua primeira pole, no GP dos Estados Unidos, circuito de Dallas, largando ao lado do companheiro de equipe, aliais, coincidentemente essa é a mesma prova na qual Mansell teve sofreu com uma pane seca na sua Lotus e tentou empurrar seu carro até a linha de chegada, desmaiando na pista.


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Infelizmente Nigel se despediu do lindo carro negro e dourado JPS sem conseguir uma vitória, e na temporada de 1985 transferiu-se para equipe Williams, para correr ao lado de Keke Rosberg, e nessa primeira temporada, a coisa se repetiu, pois mais uma vez viu seu companheiro de equipe terminar no terceiro lugar do campeonato, como ocorrerá com De Angelis no ano anterior, mas ao menos, conseguiu suas duas primeiras vitórias, no GP da Europa e da África do Sul, esta, numa dobradinha com seu companheiro de equipe, além de ter largado da pole nesta corrida, sua segunda na carreira.


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E foi no ano de 1986 que o "Red Five" mostrou suas garras pela primeira vez, vencendo cinco corridas e disputando o título até a última prova com o seu novo companheiro de equipe, o até então bicampeão Nelson Piquet, que venceu quatro etapas, e com Alain Prost, que defendia o caneco com sua McLaren Porshe TAG #1, que igualmente venceu quatro provas, inclusive a última, o GP da Austrália, a qual Mansell, já na parte final, teve o pneu traseiro esquerdo de sua Williams Honda estourado, e com isso, foram minadas as suas chances do sonhado campeonato.


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Em 1987 a batalha se repetiu, mas mesmo vencendo seis corridas na temporada, seu record pessoal até então, Mansell não conseguiu vencer o campeonato, ficando a conquista com o brasileiro Nelson Piquet, com uma prova de antecedência, no GP do Japão, em razão de um acidente sofrido pelo Leão, nos treinos, que lhe impediu de participar da corrida.


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1988 foi um ano para o inglês esquecer, pois a Williams foi abandonada pela Honda, que agora passava a equipar a McLaren, e por isso foi empurrada pelo fraco motor Judd, que possibilitou ao inglês, apenas, a conquista de dois segundos lugares.

Mesmo com o fraco desempenho na temporada de 88, as brigas pelo título nos anos anteriores abriram as portas da Ferrari para Mansell, e este então se transferiu para equipe de Maranello, para correr ao lado de Gerhard Berger, vencendo no GP Brasil, sua corrida de estréia, mas além deste triunfo, só conseguiu vencer novamente na Hungria, obtendo ainda dois segundos lugares e igual número de terceiros lugares, na temporada.


Em 1990 Nigel Mansell passou a receber menos atenção da equipe italiana, vez que havia se integrado ao time, ninguém menos do que o tricampeão Alain Prost, que inclusive ostentava o #1 em seu bólido, em razão do campeonato vencido no ano anterior com a McLaren. O Francês conseguiu cinco vitórias, ficando com o vice-campeonato, já o inglês obteve apenas uma vitória.



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Magoado com a Ferrari, Nigel Mansell buscou abrigo na equipe em que havia vivido o seus dias de glória, regressando para a Williams, que há dois anos desenvolvia o casamento com o motor Renault, e esse trio amoroso mostrou-se promissor a partir da metade da temporada de 1991, pois o Red Five venceu cinco provas, e chegou ao seu terceiro vice-campeonato.

Tão promissora a união ocorrida no ano anterior que na temporada de 1992 o Leão não foi páreo para ninguém, pilotando a Williams Renault FW14B, o "carro de outro mundo", com suspensão independente e inteligente e câmbio automático, venceu nove corridas na temporada, marcou 14 poles position, e somou 108 pontos, todas as marcas recordes até aquela temporada, e com tudo isso, com seis provas de antecedência, sagrou-se campeão mundial de Fórmula 1



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Mesmo com o campeonato conquistado com tamanha antecedência, e com tantos recordes, a Williams contratou Alain Prost para a temporada de 1993. Com isso, Mansell sentiu-se muito desprestigiado pela equipe, e preferiu mudar de ares, deixando a Fórmula 1 e disputando a Fórmula Indy nas temporadas 93 e 94. Curioso registrar que com a ausência do Leão na temporada de 93, foi a primeira vez que vimos o carro #0 na categoria, pilotado por Damon Hill. 

Após a morte de Ayrton Senna, e com o desempenho abaixo do esperado do escocês David Coulthard, Nigel voltou à categoria, correndo pela Williams as três últimas etapas da temporada de 1994, vencendo o GP da Austrália, sua última vitória na carreira.



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Em 1995 Mansell se aventurou com a McLaren Mercedes, primeiro ano da parceria da eqipe inglesa com a fornecedora de motores alemã, mas como o carro era muito apertado para o talento do Leão, correu apenas os GP´s de San Marino (terminando em 10º) e da Espanha (não completado), se ausentando, por definitivo, da categoria máxima do automobilismo.


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Nigel Mansell não teve o mesmo talento e conquistas dos outros três adversários mais ferrenhos, mas marcou a sua passagem pela Fórmula 1, com o título de 1992, três vices, 31 vitórias, 59 pódios, e 32 poles, em 190 corridas disputadas, além de ter nos proporcionado momentos que fugiram da rotina, como o desmaio acima citado, ter sentado na pista, extenuado, na  derrota de Mônaco 92, ter tirado Senna de uma corrida já estando desclassificado da prova, meter a cabeça na base de uma passarela de concreto, e comemorar antes de ganhar o GP do Canadá de 91, deixando o carro morrer, dando de presente para Piquet, sua última vitória na categoria.


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Como não ser fã deste piloto?

Fonte de todas as fotos: Reprodução de internet.

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