domingo, 23 de setembro de 2018

É campeão! Felipe Drugovich ganha título da Euroformula por antecipação


Após seis rodadas do campeonato da EuroFormula Open e faltando duas para o final, o campeonato conhece o seu mais novo campeão: o brasileiro Felipe Drugovich.  O brasileiro literalmente colocou categoria no bolso, vencendo 10 corridas das 12 disputadas até aqui e abrindo uma distância de 126 pontos para o segundo lugar, o holândes Bent Viscaal. 

A conquista do título se deu em Monza, templo do automobilismo e lugar que o brasileiro Emerson Fittipaldi foi campeão da Formula 1 pela primeira vez, após vencer as duas corridas, marcando a pole na prova de domingo.  Com isso, Felipe Drugovich, correndo pela equipe italiana RP Motorsport, dá um importante passo em sua carreira. 

Para quem não sabe, a Euroformula é um campeonato disputado com chassis Dallara 312 (usados até algum tempo pela F3 Européia) e motores Toyota. A diferença em relação ao campeonato principal são as limitações de acerto e de peças. Mas os carros andam em circuitos tradicionais como Silverstone, Barcelona, Paula Ricard, Spa-Francorchamps, entre outros. 

Drugovich em Paul Ricard, rumo a mais uma vitória

A Caminhada de Drugovich


Esta não é a primeira vez que Drugovich é campeão mantendo um domínio absoluto.  Último campeão da MRF Challenge (disputada na Ásia, equivalente a F4), de 16 corridas em 4 rodadas, venceu 10 e conseguiu dois segundos lugares e um terceiro, abrindo uma diferença de 81 pontos para o segundo lugar. Tanto na MRF Challenge e na EuroFormula Open, bateu o recorde de vitória e pontuação destes torneios. 

Com o título, Felipe Drugovich ganha destaque entre os brasileiros que almejam uma sonhada vaga na Formula 1.  O brasileiro, que começou na carreira de monoposto em 2016, além do título do MRF Challenge, também tem um terceiro lugar pela Formula 4 Alemã em 2017. 
Drugovich em uma das corridas da MRF Challenge

Ano que vem será decisivo 

Felipe Drugovich demonstra ter espaço em qualquer categoria de ponta do automobilismo. Se não conseguir ir para a Fórmula 1, pode ir para Fórmula Indy, Fórmula E ou até mesmo WEC e IMSA.  Para que consiga ter esse espaço no automobilismo mundial, vai ter que continuar fazendo o seu trabalho, o que ele já demonstrou ter capacidade nestes anos em que corre em monopostos.

Espera-se que Drugovich faça uma temporada na nova F3 (junção da F3 Européia com a GP3) no ano que vem numa equipe que seja competitiva e que lhe dê oportunidade para demonstrar o talento que tem. Como esta categoria participará de algumas corridas da Fórmula 1, ele estará sob os olhares dos principais chefes da Fórmula 1 (inclusive do senhor Helmut Marko que está louco para conseguir um jovem talento para ocupar futuramente a cadeira da Red Bull) e de grandes patrocinadores. 

Sabe-se da dificuldade de um piloto conseguir uma vaga na Fórmula 1.  Além de talento, é preciso ter muito dinheiro para bancar uma F3 ou até mesmo uma F2, o que não é fácil. Mas é um investimento que vale a pena ser feito e se dá certo, certamente o retorno que virá será muito maior do que foi investido.

Alô patrocinadores, mídia e torcida: Olho em Felipe Drugovich!




Texto escrito por Guilherme Soares de Almeida, com edição de Sergio Milani

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