Após seis rodadas do campeonato da
EuroFormula Open e faltando duas para o final, o campeonato conhece o
seu mais novo campeão: o brasileiro Felipe Drugovich. O brasileiro literalmente colocou categoria no bolso, vencendo 10 corridas
das 12 disputadas até aqui e abrindo uma distância de 126 pontos para o segundo
lugar, o holândes Bent Viscaal.
A conquista do título se deu em Monza, templo
do automobilismo e lugar que o brasileiro Emerson Fittipaldi foi
campeão da Formula 1 pela primeira vez, após vencer as
duas corridas, marcando a pole na prova de domingo. Com isso, Felipe Drugovich, correndo pela equipe italiana RP Motorsport, dá um importante passo em sua carreira.
Para quem não sabe, a Euroformula é um campeonato disputado com chassis Dallara 312 (usados até algum tempo pela F3 Européia) e motores Toyota. A diferença em relação ao campeonato principal são as limitações de acerto e de peças. Mas os carros andam em circuitos tradicionais como Silverstone, Barcelona, Paula Ricard, Spa-Francorchamps, entre outros.
Drugovich em Paul Ricard, rumo a mais uma vitória |
A Caminhada de Drugovich
Esta não é a primeira vez que Drugovich
é campeão mantendo um domínio absoluto. Último campeão da
MRF Challenge (disputada na Ásia, equivalente a F4), de 16 corridas
em 4 rodadas, venceu 10 e conseguiu dois segundos
lugares e um terceiro, abrindo uma diferença de 81 pontos para o
segundo lugar. Tanto na MRF Challenge e na EuroFormula Open, bateu o recorde de vitória e pontuação destes
torneios.
Com o título, Felipe Drugovich ganha
destaque entre os brasileiros que almejam uma sonhada vaga na Formula
1. O brasileiro, que começou na carreira de monoposto em 2016,
além do título do MRF Challenge, também tem um terceiro lugar pela
Formula 4 Alemã em 2017.
Drugovich em uma das corridas da MRF Challenge |
Ano que vem será decisivo
Felipe Drugovich demonstra ter espaço
em qualquer categoria de ponta do automobilismo. Se não conseguir ir
para a Fórmula 1, pode ir para Fórmula Indy, Fórmula E ou até mesmo
WEC e IMSA. Para que consiga ter esse espaço no
automobilismo mundial, vai ter que continuar fazendo o seu trabalho, o
que ele já demonstrou ter capacidade nestes anos em que corre em
monopostos.
Espera-se que Drugovich faça uma temporada na nova F3 (junção da F3 Européia com a GP3)
no ano que vem numa equipe que seja competitiva e que lhe dê
oportunidade para demonstrar o talento que tem. Como esta
categoria participará de algumas corridas da Fórmula 1, ele
estará sob os olhares dos principais chefes da Fórmula 1 (inclusive
do senhor Helmut Marko que está louco para conseguir um jovem
talento para ocupar futuramente a cadeira da Red Bull) e de grandes
patrocinadores.
Sabe-se da dificuldade de um piloto
conseguir uma vaga na Fórmula 1. Além de talento, é preciso
ter muito dinheiro para bancar uma F3 ou até mesmo uma F2, o que não é
fácil. Mas é um investimento que vale a pena ser feito e se dá
certo, certamente o retorno que virá será muito maior do que foi
investido.
Alô patrocinadores, mídia e torcida: Olho em Felipe Drugovich!
Texto escrito por Guilherme Soares de Almeida, com edição de Sergio Milani
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