Acompanho a Fórmula 1 desde a temporada de 1987, vi as corridas do ano de 1986, mas realmente pouco, ou quase nada, me recordo destas.
Já em 87 via aquele carro vermelho e branco pilotado por Prost e sabia: Ali está o campeão!
No decorrer da temporada foi se desenrolando a bela disputa entre Nelson Piquet e Nigel Mansell, da qual o brasileiro se saiu melhor, sagrando-se tricampeão, e tínhamos uma certeza: Em 1988 Piquet ostentará o #1 mais uma vez, e assim o foi, deixou a Williams mas levou consigo para Lotus, além do motor Honda, o número de honra.
O carioca não teve muita sorte com o carro amarelo da Lotus, e logo ficou claro que não lutaria pelo quarto campeonato, e por certo não continuaria com o tão desejado número, mas outro brasileiro lutava pelo título, Ayrton Senna, que travava uma ferrenha batalha com Alain Prost. Ambos corriam com o carro dominante, a máquina que sobrava na turma, portanto, um dos dois seria o campeão, e com a ajuda do regulamento, o brasileiro venceu, e pela primeira vez ganhou o direito de ostentar o número 1, o que ocorreu na temporada de 1989, se repetindo em 91 e 92.
Como Piquet em 88, após a verdadeira guerra vivida nos box da McLaren e nas pistas, no biênio 88/89, Alain Prost levou consigo o número 1 para Ferrari, para temporada de 1990, equipe que aliais, não utilizava tal número desde o péssimo carro com qual disputou a sofrível temporada de 1980.
Com os títulos de Mansell em 1992 e Prost em 93, tivemos que nos acostumar com a ausência do número 1, e vimos algo novo, o surgimento do #0, que foi utilizado por Damon Hill nas temporadas de 1993 e 94, pois os campeões não defenderam seus títulos, vez que a Williams trocou o inglês pelo francês em 93 e este por Senna em 1994.
Não só do #0 vivou Damon Hill, o inglês ganhou o título de 1996, tornando-se o primeiro filho de campeão a ser campeão, e consequentemente obteve a honra de usar o #1, contudo, mas uma vez a Williams aprontou das suas, e despediu o campeão, o que deu a possibilidade da pequena equipe Arrows, pela única vez na sua história, usar o número de honra.
Michael Schumacher, o maior campeão da categoria, por óbvio, foi o que mais vezes teve a honra de usar o #1, em 1995 pela Benneton, em razão do título de 94, e outras 6 vezes pela Ferrari, em 1996, e de 2001 à 2005, em razão do domínio absoluto da equipe italiana nas temporadas de 2004/2004.
Jenson Button correu com o #1 na temporada de 2010 pela McLaren, última vez que a tradicional equipe inglesa utilizou tal número, já o último piloto a ostenta-lo foi o tetracampeão Sebastian Vettel, nas temporadas de 2011 à 2014, e sempre na Red Bull, equipe que nunca fez muita questão de dar destaque ao número no seus carros.
Lewis Hamilton, também quatro vezes campeão, só utilizou o número 1 em 2009, ainda pela McLaren, pois ainda era obrigatório, já pela Mercedes, equipe na qual conquistou três dos seus títulos, todos em período em que vigora a possibilidade da escolha do número pelos pilotos, o inglês preferiu continuar usando o #44 nas temporadas de 2015, 16 e 18.
Infelizmente não saberemos se Nico Rosberg, campeão de 2016, resgataria a tradição do #1, pois o alemão cedeu seu lugar no carro campeão para Valtteri Bottas, nos deixando com essa dúvida. Eu acho que sim, tomara que algum jornalista, ou algum fã, faça essa pergunta a ele!
E você, fã da Fórmula 1, sente falta do número 1?
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